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Egresses da Arca: o caminho da Ana Beatriz

Na Arca, nosso trabalho é de formiguinha com as crianças e jovens da favela. Por isso, os depoimentos des egresses são preciosos para nós!

Hoje, vamos apresentar a Ana Beatriz, uma jovem de 21 anos, que foi uma das primeiras meninas que a Arca do Saber atendeu. Ela faz parte da história da ONG e, para nós, o seu sucesso é o nosso sucesso.

Atualmente, ela é estudante de Engenharia Ambiental e Urbana na Universidade Federal do ABC. Já estudou programação e informática e há mais de sete anos trabalha no mercado formal, hoje em uma grande empresa. Na sua adolescência, iniciou uma carreira de modelo e desde então segue com perfil todo estiloso.
10 anos na Arca

Ana Beatriz é uma memória viva do início da Arca do Saber e narra com detalhes o começo dessa história.

“Comecei a vir na Arca quando tinha cerca de 4 anos, eu fui da primeira turma que era na Igrejinha que tem aqui na comunidade. Eu tenho uma memória que a educadora Rosi pegou nossa turma, acho que tinha cerca de 10 crianças mais ou menos, não era muito, e trouxe a gente para conhecer o prédio da Arca que estava sendo construído ainda. Eu fiquei na Arca do Saber cerca de 10 anos e só saí porque consegui meu primeiro emprego que era à tarde, daí eu precisei sair”, lembra.

As oportunidades

Entre muitas histórias e amizades, Ana Beatriz aproveitou as oportunidades oferecidas ao longo desses anos pela Arca, “eu fiz um cursinho de hotelaria, conheci muita gente aqui, fiz dança, tive contato com francês que eu nunca tinha tido antes… Inclusive acho uma língua linda!” Enfatizou também a importância do trabalho da ONG na localidade, “considero a Arca um projeto muito importante porque dentro da comunidade, da Favela, é muito difícil de chegar acesso a informações, então às vezes as crianças não têm uma visão sobre o futuro, um projeto de crescimento. Eu sempre tive apoio dos meus pais em quesito estudos, eles sempre pegaram no meu pé pra eu estudar, mas a Arca foi essencial na minha vida neste quesito. Na Arca eu tinha aulas de dança, eu tive contato com o francês, eu aprendi muitas coisas aqui. Então isto foi muito estímulo para mim, para abrir a minha cabeça em relação ao mundo, em relação a questões sociais, questões raciais porque quando a gente vive aqui está inserido numa bolha. A Arca me ajudou neste processo, abriu muito a minha cabeça para descobrir lugares novos e enxergar todas as possibilidades que existiam.”

A Arca mudou e muda a vida de muitas famílias. Acreditamos que a educação é o caminho, justamente por abrir novas oportunidades para um futuro melhor. E só por curiosidade, a Ana Beatriz nos contou que sua irmã se chama Anne por causa de uma voluntária da Arca que foi muito importante para a família. Ainda hoje, os primos e primas da Ana Beatriz frequentam nosso centro socioeducativo.